Microfones e Técnicas de captação

Vejamos, então, aqui, algumas técnicas e os microfones mais usados para a captação de vozes e dos instrumentos mais comuns:

Voz

Os microfones de membrana larga são os mais apropriados. Os mais usados nos estúdios comerciais são RODE NTK e AKG C414XLS Vários modelos da Behringer, da Samson e da Rode, entre outras fábricas, são alternativas usuais para um home studio de porte médio. O microfone deve ficar sempre no suporte, com suspensão própria e uma tela para filtrar o som e barrar a emissão mais forte de ar, que causa o indesejável “puf” ou “pop” na gravação. A distância ao microfone de membrana larga varia de acordo com a potência vocal do cantor, geralmente entre uns cinco e uns trinta centímetros, à altura dos olhos ou um pouco abaixo.

Usando um microfone dinâmico (no pequeno estúdio), devemos posicioná-lo a 45 graus da boca do cantor e a distância será de um a cinco centímetros.

 Após a afinação e equilibrio inicial do som pretendido não devem ser feitos outros ajustes de volume durante a gravação. Toda a dinâmica fica por conta do cantor e de seu posicionamento diante do microfone. Os demais ajustes só serão realizados posteriormente na mistura final. Caso ocorra um pico excessivo ou clip no sinal de áudio durante a gravação, devemos interrompê-la. Observamos onde ocorreu o pico (no preamp, no canal da mesa, na placa de som ou no retorno), corrigimos o nível e reiniciamos a gravação.

Guitarras Acústicas

Temos aqui várias opções de captação. Em um ambiente acústico ideal, a guitarra com cordas de nylon será captado por um ou dois microfones de membrana larga, como os citados aqui para voz, a uns trinta centímetros do tampo frontal do instrumento e a uns sessenta centímetros um do outro (se usarmos dois). Evitamos posicionar o microfone próximo à boca do violão, de onde o ar sai com muita pressão.

Na maioria dos home studios, uma boa opção é começar experimentando posicionar um microfone de condensador, os mais usuais são o AKG C300 e o AUDIO-TECHICA AT2020,  ou mesmo um dinâmico, (SHURE SM-57) a poucos centímetros da parte inferior do tampo do violão, geralmente na parte de trás. Use uns auscultadores para escolher as melhores posições, tanto da guitarra como do microfone.

A guitarra de cordas de aço ou folk, assim como alguns outros instrumentos de harmonia, devem ser captados por um microfone que realce as altas freqüências (agudos), ou seja um microfone de condensador, (também chamado de lapiseira), identico aos usados nos pratos de bateria. Alguns exemplos dos micros de condensador mais usados, RODE NT-5, AUDIX ADX51, SHURE PG81, BEHRINGER C-2 .

Guitarra Eléctricas

A captação de guitarras electricas costuma ser feita através de microfones dinâmicos, captando o alto-falante do amplificador a uns dez ou quinze centímetros. O microfone aponta perpendicularmente para o centro do raio do cone do alto-falante. O amplificador deve estar em outra sala, isolado da técnica. Usa-se também a gravação em linha através de um pré-amplificador ou um simulador de amplificadores. Os microfones mais usuais para captação de amplifcadores de guitarra são o SENNHEISER E-906 e o SHURE SM-57

Baixo

Pode ser conectado directamente à placa de som, ou à mesa, ou via amplificador, ou captado por microfone ou de várias formas combinadas. A captação por microfone, segue os padrões da guitarra electrica, usando um microfone dinâmico especifico para frequencias mais baixas. Poderemos usar qualquer microfone de bombo, como exemplo aconselha-se o SHURE BETA 52. Gravando atraves de linha, o som é mais nítido. O ideal é gravar em duas pistas, uma pista com microfone e outra atraves de DI, misturando depois na proporçao mais adequada. As cordas têm que estar novas, o instrumento regulado e, se usar captação ativa, bateria nova.

Bateria

Usam-se vários microfones diferentes, em geral dinâmicos para as peles e de condensador para os pratos. Para o bombo, o mais comum é o SHURE BETA 91 dentro do bombo. Fora do bombo são muito usados o AKG-D112 MKII e o SHURE Beta 52A.

Na tarola o mais usado é indiscutivelmente o Shure SM57, voltado para a pele superior, a uns 5cm da borda. Mais recentemente, é decorrente a utilização de dois microfones. Um na pele superior e outro na pele inferior. Com esta tecnica tem de se inverter a fase do microfone inferior.

Muitos técnicos usam nos timbalões o SENNHEISER MD 421 em estúdio e o SENNHEISER E-604 em palco, posicionados como na tarola No surdo, o Electro-Voice RE 20.  Os pratos, podem ser captados por cima, por dois microfones de condensador como o SHURE SM81, o AUDIX ADX51 ou o SHURE PG81. Existem outras soluçoes mais economicas como os Behringer C-2 e o Samson C-02. O meu preferido é sem duvida o RODE NT-5.

Nunca é demais experimentarmos outras opções de captação, já que o que realmente importa é o resultado. A boa execução vocal ou instrumental é o factor mais importante para uma gravação de qualidade. Não deixe a qualidade para a mistura. A fonte é sempre o mais importante.  As melhores soluções são encontradas na hora de gravar.

 Nos estúdios de gravação existem microfones específicos para a captação de cada tipo de voz ou instrumento musical, como também há modelos mais versáteis para uso geral. Informe-se, não deixe de testá-los e compará-los com os concorrentes em condições acústicas normais e iguais antes de comprar. E compre o que o seu ouvido mandar.

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